domingo, 30 de dezembro de 2012

"Querer e crer..."

Nos dias que vamos vivendo o valor da "Gratidão" já não é algo de habitual!
Por isso mesmo, tentar recentrar e revitalizar essa atitude é algo de importante e determinante. A nível da sociedade e a nível da própria fé.
Esse era o "mote", a "razão" primeira da nossa Peregrinação a pé a Fátima, entre os dia 26 e 29 deste mês. Imediatamente depois das celebrações natalícias, decidimos, de novo, ir junto de Nossa Senhora agradecer o seu "Sim" que nos conseguiu e alcançou o Salvador do mundo.
Sim, poderíamos fazê-lo noutra altura; sim poderíamos tê-lo feito de outra maneira...
Mas decidimos, em grupo, em família, em Comunidade, mesmo que nos custasse - e custou bastante - caminhar a pé rumo ao Altar do mundo e fixarmos o nosso olhar naquele outro tão doce, tão sereno, tão meigo, tão próximo, de Maria...
Basta querer e crer, para sermos capazes de mudar o mundo que nos envolve.
Foi esta a "verdade" que redescobrimos nesta caminhada; basta querer agradecer e crer que nesse agradecimento nos tornamos mais fortes, mais audazes, mais decididos, mais comprometidos, que tornaremos a Igreja que somos, a Comunidade que construímos em Reino de Deus mais visível, atraente, apaixonante...
Com temperaturas a rondar os zero graus, logo pelas manhãs, com os pés doridos, os músculos a contorcer-se, as bolhas a teimar impôr-se, a chuva a intentar travar o avanço dos passos, nada conseguiu roubar os sorrisos, a determinação, a vontade, de dizer "Obrigado" à Mãe de Deus e pedir-lhe que nos ensine, como ela, esse mesmo "Sim" no "querer" e no "crer" que com Jesus a alegria não é efémera, passageira, não é pontual mas, ao contrário, se transforma e, algo de definitivo, de completo, derradeiro...
Poder, podemos todos!
Querer é apenas de alguns!
E querer, crendo simultaneamente, é o caminho a prosseguir nos nossos ambientes, diante de quantos privam connosco, com todos os que nos escutam, vêem e connosco privam...
Mais uma vez experienciámos a força da oração, a importância da Comunidade, a beleza da fé, a importância de nos sabermos e sentirmos responsáveis pela vida da própria Igreja.
"Querer" e "Crer" que o mundo novo, a Igreja mais santa, depende de cada um de nós, da nossa entrega e da nossa corresponsabilidade foi algo que trouxemos guardados nestes nossos corações.
Deus, de facto  não escolhe os capacitados; Deus capacita aqueles que escolhe. E nós acreditamos que mais uma vez o Senhor da Vida, o "fruto bendito" de Maria nos capacita para sermos, mais e melhor, jovens e adultos que "querem" e "crêem" na força da gratidão a Deus diante dos dons, tantos, com que nos presenteia.
"Bendito seja Deus que reuniu no amor de Cristo".

2 comentários:

  1. "Querer e crer..."
    Duas palavras que até se confundem, cujo sinónimo diferente, mas ambas com um carisma muito forte, e quando em conjunto elas vivem em nós, nos transformam muito.
    Crer com fé,querer com toda a força de Espírito que Deus nos deu, é como se fossemos a caminho de Deus ,assim aconteceu a todos vós a caminho de nossa Mãe Maria Santíssima,tudo lhe entregar o que somos ,o que temos para que o Seu Filho muito amado transforme.
    Desejo que todos os corações que viveram todo esse amor consigam reter em si algo de bom que nos momentos frágeis os façam levantar os olhos a MARIA Mãe de todo nós, e se sintam amados e confortados.
    Bem haja
    UM Ano Novo muito Feliz,com saúde,muita paz e que o amor de Cristo nos guarde a todos.

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  2. Não há dúvida, (e já o tinha dito) que conseguir ´arrancar´ os jovens depois do Natal e lavá-los para Fátima e voltarem no dia 29....não é tarefa fácil. Dou-lhe os parabéns, a si e aos jovens pela força das vossas orações e terem ido também rezar por Carcavelos.
    Com os pés doridos, as temperaturas a rondar os zero graus, os músculos...as bolhas...tudo isso, todo esse sacrifício que eu acho que poderia ter sido ´eliminado´. Ir a Fátima em peregrinação, não ir a pé, mas convictos do que iam lá fazer, da missão, do enpenho, da força da oração, eram razões mais do que suficientes para Maria. Porque Cristo não nos pede sacrifícios, não nos pede que fiquemos doentes e que tenhamos que passar por tanta coisa para poder rezar com amor.
    Que me perdoem os que não concordam, mas esta é e sempre foi a minha opinião. Também foi com esta vivência que fui crescendo, de que não é indo a pé a Fátima, que a nossa oração chega com mais ou menos força. Deus não nos pede sacrifícios, pede-nos amor, pede-nos que ajudemos os nossos irmãos, que saibamos estender a mão, que saibamos amar com o coração e que nos consigamos entregar a um Cristo infinitamente misericordioso.
    Nem todos pensamos da mesma forma. Adorei o seu pensamento Pe. António, adoro a sua força, adoro a maneira como consegue enraizar esta força em cada jovem, para que um dia eles consigam ser a esperança num Portugal...numa igreja melhor.
    Sei que trouxeram uma luzinha para pôr no altar de Carcavelos e que as vossas orações foram fervorosas. Continuem, porque nós precisamos de uma comunidade com letra grande e temos e sem vocês (jovens) não poderemos caminhar, sem vocês e sem o Prior.

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