"O Amor: o nosso destino"
Esse verbo não se explica
Á luz crua da razão
Ele é a jóia mais rica
Da arca da criação
Podem-no pôr no altar
frívolo duma canção
Praticá-lo até gastar
Mas não o invoquem em vão
Não invoquem o amor em vão
Não invoquem o amor em vãoPodem-no usar com rendas
Ou enfeites de algodão
Para tapar bem as fendas
Por onde sopra a solidão
Podem dá-lo ao desbarato
Podem-no até vender
Metê-lo no guarda-fato
E dá-lo à traça a comer
Podem-no usar no chão
Como capacho dos pés
Mas não o invoquem em vão
Não o sujem com clichés
Não invoquem o amor em vão
É pecado como deitar fora o pão
Não invoquem o amor em vão
É pecado como deitar fora o pão".
Sobre o amor, todos o sabemos, muito já se escreveu, cantou, disse, filmou, apresentou...
Esta é apenas mais uma letra de uma canção que nos desvela o pensar do seu autor sobre este tema sempre inadequadamente tratado ou vivido; palavras que pretendem, assim o penso, ajudarem-nos a interiorizar mais e melhor essa realidade solene e sublime que é o amor...
Mas, precisamente, porque somo cristãos, essa mesma realidade tem de ter para nós um «peso», um «significado» e uma «marca» que o não terá para outro coração qualquer.
Dizer «Amor», para nós, discípulos de Cristo é dizer o próprio Deus.
Mais, é mesmo a nossa vocação, o nosso destino, a nossa tarefa: sermos o amor, ou seja, sermos rostos visíveis no meio do mundo do Amor que Deus é.
As nossas palavras e desejos, os nossos sonhos e projectos, os nossos pensamentos e atitudes, deveriam ter sempre esse «traço» invisível mas perceptível de Deus em nós, do Amor que nos invade, nos inunda, nos enche e preenche: Jesus Cristo.
Ao ver-nos, ao escutar-nos, ao sentir-nos, o mundo deveria perceber algo de «novo», de «diferente», de «único» em cada um de nós: o amor, o Amor que Deus é.
De todo, a nossa missão não se extingue na pregação sobre o amor, nas palavras proferidas ou escritas, nas dissertações mais ou menos profundas ou espirituais sobre essa realidade; somos chamados a encarnar o amor naquilo que temos e somos. Nada mais do que isso; porém, nada menos do que isso. E, como diz S. Paulo, o amor é exigente, é radical... Daí a necessidade do nosso compromisso com Cristo, com o Amor, no nosso quotidiano. Para que o mundo não se convença de que o amor é canção, é filme ou é romance mas, ao invés, perceba e creia que o Amor é uma Pessoa, com história e com rosto: Jesus.
E quantas oportunidades não foram já por nós desperdiçadas nesse anúncio ao mundo de Quem é o Amor?
Quantas vezes não fizemos nós do amor apenas palavra, boa intenção, idealismo, filosofia?!
Quantos momentos concretos foram perdidos por medo, vergonha, inércia, apatia, em apresentar ao mundo o autêntico rosto e nome do Amor?
Olhar o futuro sem medos, sem receios, sem dramas; perceber e acreditar que no meio do «joio» que sempre há-de existir e crescer, nós podemos e devemos ser «trigo» de Deus, moído, é verdade, para sermos a verdadeira vida do mundo, a sua luz, a sua paz, a referência para algo de maior, de melhor...
Mais um belissimo texto Padre António. Dia 1 de Outubro lá estarei em Carcavelos na sua tomada de posse.
ResponderEliminar" O Amor:o nosso destino"
ResponderEliminarO nosso dia a dia transmite todo o amor que se tem no no nosso interior, no nosso coração ,podemos até não o conseguir definir apropriadamente,mas o que interessa, é que consigamos levá-lo a alguém e é esse o nosso destino,amar o próximo, por vezes as palavras podem ser mais ou menos expressivas,mas elas vem do coração,do sentimento que existe em nós,não sei falar,escrever sem sentir.
Como alguém escreveu, de facto, «só o amor pode salvar o mundo». Um amor de verdade e de verdades, um amor de gestos e de acções, um amor de coração mais que da razão. Um amor mais vivido do que pregado. Só o amor nos fará um dia chegar a Deus. Não são as nossas intenções, a nossa espiritualidade, nem sequer a nossa oração, se estas não tiverem, como diz, a marca do amor.
ResponderEliminarSó olhar o mar (foto)com o Sol, o céu de fundo,nos trás paz e amor ao coração dando-nos a alegria de viver, a vida que nos deu o Criador. só desejo que o meu ser, consiga ter mais obras que palavras,sempre me esforcei para que isso acontecesse.
ResponderEliminarPe. António,bem haja
Se não houver o Amor em mim, nada valho... nada...
ResponderEliminarObrigada, Pe. António :)
E quando amanhecerá o dia em que acreditaremos de verdade no Amor? Quando é que as nossas Comunidades, grupos e movimentos deixarão de «falar» de amor para viverem esse «amor»? Até lá o mundo de que nos fala jamais acreditará no que dizemos ser: católicos. Sem amor de verdade, em palavras e obras, nunca seremos discípulos de Cristo. Seremos uns «fala-barato», pregadores de boas intenções, mas longe de Deus!
ResponderEliminarAh, que bom...obrigada, Pe. António! e...como poderia a maravilha do Amor de Deus ser menos exigente? :)
ResponderEliminarComo eu gosto do último paragrafo do texto é de esperança num futuro sem medos, apenas de entrega,mesmo que o joio esteja entre o trigo, não o vai estragar,porque o trigo surgirá grande e louro como o Sol,abafando o joio,não importa onde ,porque cada um semeia a Sua seara e a produção só é vista no final.
ResponderEliminarTerá sempre a minha oração por uma seara fértil e de trigo dourado...
Uma canção
ResponderEliminarO enigma do do Céu
é o azul
Algo me diz que há
esperança de ser feliz
O enigma do Sol
tão radiante
algo me diz que é
amor sem amante
O amor é o destino
é o caminho da submissão
podes rir, podes chorar
o que não podes é deixar de amar
O enigma do tempo
que vai sendo
algo me diz que é
possível ser eterno
O enigma da vida
que é falível
algo me diz que o amor é possível
O amor é o destino
é o caminho,a solução
Podes rir, podes chorar
O que não podes é deixar de amar.
canta Cristina Estrompa
No meio de uma nova realidade, no meio de um grupo enorme de pessoas, no meio de todo o barulho de uma hora de almoço, foi bom ler e parar e refletir sobre este texto.
ResponderEliminarsem este amor, nada valho!
O pôr do Sol,num mar calmo, que nos convida a sonhar e a elevar nosso espírito para o Alto,como uma canção de amor que nos vai falando do nosso destino, o amor ,mas um amor de lava pés,onde o serviço é a nossa vida sem olhar a quem o fazemos,mas a quem precisa de nós,só assim podemos sonhar encontrar o caminho, que nos leve um dia ao Céu.
ResponderEliminarCarinho André Ponce
ResponderEliminarQuando temos o carinho em nosso coração, não temos espaço
para sentimentos como a raiva, a mágoa, a inveja e a incompreensão,
porque damos passagem para sentimentos sublimes
e verdadeiros como o Amor, a compreensão, a humildade e a caridade.
Devemos estar sempre vigilantes quanto ao que se passa
em nosso coração, o que estamos armazenando e dando vida dentro de nós,
porque tudo o que estivermos sentindo estaremos transferindo
para o nosso corpo físico.
Se tivermos sentimentos bons,
distribuindo carinho e paz, estaremos transferindo a nós mesmos
esta sensação; mas se estivermos com raiva, nervosos ou irritados,
estaremos distribuindo ao nosso corpo físico toda a nossa ira.
Devemos pensar que, antes de atingir alguém com nossos sentimentos,
os primeiros a receber somos nós mesmos, portanto é muito importante
que sejamos vigilantes a nossa doação de sentimentos, porque nós
poderemos ser os primeiros beneficiados ou prejudicados.
Façamos sempre a opção por doar sentimentos como o carinho,
porque este nos dá a paz e o equilíbrio que sempre estamos procurando.
Através do afeto que demonstramos diariamente a todos que convivem conosco,
poderemos estar sendo abençoados também por esse sentimento tão grandioso.
Doe-se carinhosamente a todos que lhe procurarem
e àqueles que não te procurarem mentalize o carinho
e afeto porque podem estar necessitados destes sentimentos.
QUE A PAZ ESTEJA CONSIGO
AMÉLIA
O Amor
ResponderEliminarO amor é paciente
o amor é prestável,
não é invejoso,
não é arrogante nem orgulhoso,
nada faz de inconveniente,
não procura o seu próprio interesse,
não se irrita nem guarda ressentimento,
Não se alegra com a injustiça,
mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará.
Agora permanecem estas três coisas:
a fé, a esperança e o amor,
mas a maior do todas é o amor.
(Primeira Carta de S. Paulo aos Corintios: 13, 4-8, 13)
Consiga eu sempre pensar, sentir e praticar o Amor ao jeito de Jesus Cristo, tão bem interiorizado por S. Paulo nesta magnifica Carta de inspiração divina.
Que este Hino de Amor seja a máxima a praticar por cada cristão na nova missão do Senhor Padre António como Pároco de Carcavelos.
Assim será a minha oração.
Deus fará o resto.
Amélia