terça-feira, 13 de julho de 2010

"Gostar de gostar"

Gosto de gostar da beleza dos corações.
Gosto de gostar da força da paixão.
Gosto de gostar de acreditar que a vida, a fé, o homem, o mundo, a Igreja, podem ser tão diferentes.
Sinto-me caminhar, mais a correr ou simplesmente a percorrer pequenos passos, mas sinto-me a caminhar por sendas que outros já trilharam e que ainda outros acabarão por seguir.
Gostar de gostar de amar e do amor.
Fazer dessa aventura algo de essencial, de fundamental, de derradeiro. Mesmo que isso comprte sempre consigo o perigo de fazer doer!
Abraçar esse projecto como determinante, como decisivo, como único até. Para dar sentido, dar credibilidade à existência, para redescobrirmos razões credíveis para cada segundo do nosso peregrinar.
Opção, decisão, prioridade até, na vida quotidina, que implica combate, frontalidade, exigência, não raras vezes incompreensão e experiência de deserto, mas seguramente mais reconfortante, mais universal, mais humanizante.
Gostar de gostar de ter fé, gostar, de gostar de ser Igreja, gostar de gostar da verdade, gostar de gostar dos afectos, gostar de gostar dos amigos, para em cada situação, em cada momento, sermos parcelas, ainda que simples, pobres e insignificantes, do amor que nos habita, nos envolve, acaricia e compromete na construção de algo mais belo e mais nobre.
Ser «morno», ser «diplomata», ser «embaixador» da banalidade, da superficialidade, do medo e da apatia, é desdenhar essa vocação suprema e sublime que nos habita, com mais ou menos consciência: capazes de amar, de amar muito, capazes de gostar de gostar de amar sem vacilações, preconceitos, vergonhas ou subterfúgios sufocadores de emoções que alegram o coração.
As férias, o Verão, o descanso, a possibilidade de fazer novas coisas - como seja pensar, meditar, repôr a liberdade no seu verdadeiro lugar - podem ajudar-nos a maravilharmo-nos connosco próprios.
Bastará deixarmo-nos guiar até onde nos leva o coração.
Mesmo que doa. Que custe. Que sangre... Nada há de mais humano, de mais divino...

7 comentários:

  1. Férias ,descanso ,para quem? para mim não.
    Não sei ,se por vezes não me sinto triste e desalentada do" gosto ,de gostar" porque isso dói muito ,mas também o meio termo não é para mim ,ou há entrega total nos sentimentos ,na nossa vida ou então não vale a pena .
    Ao longo deste ano o Pe. António fez-me perceber isso mesmo e com a força interior do Divino Espírito Santo ,sem medos,sem amarras, temos que assumir a vida que Deus nos deu sem vacilar,amar-mos a Deus até doer com todo o amor de que somos portadores.
    É tão bom conseguirmos-nos guiar pelo coração,que bom era se todos conseguissem essa felicidade.

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  2. Eu gosto demasiado de viver e de tudo o que existe ,a Natureza que me fascina ,olhar o mar, sonhar,as pessoas os animais tudo ,tudo o que DEUS nos deu é demasiado belo ,misterioso.
    Por conseguinte gosto de gostar de amar e muito,se o faço só, paciência, o prazer de vir há rua fechar os olhos e respirar o ar,ouvir os passarinhos ,falar com DEUS ninguém me tira.
    Há uma missão, para mim eu vou cumprindo o melhor que posso e sei, tudo está nas mãos de DEUS.

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  3. "Gostar de gostar"... aceitar seguir o caminho que Deus oferece.
    Desertos, obstáculos, quedas... mas sempre querendo continuar, de olhos e coração postos no horizonte: o Céu.
    "Gostar de gostar"... amar ao jeito de Jesus.

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  4. Viver a fé em verdade será sempre um caminho árduo e difícil. Como diz o prior, Cristo não nos prometeu a facilidade mas a felicidade. Por isso mesmo o caminho a seguir até Deus não pode mesmo ser outro senão o de «gostar de gostar» do projecto que Ele lança em Jesus e na Sua Palavra. «Não temais» é promessa que se cumpre em cada dia da nossa caminhada. Peçamos ao nosso Deus que nos ajude e ensine a «gostar de gostar» desse caminho que nos levará até Ele.

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  5. "Gostar de gostar"
    Palavras com tanto sentido e tanta verdade, só esse caminho leva a Deus,"Até ao fim do fim".

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  6. « O amor é a asa que Deus deu ao homem para voar até Ele».Penso que dizia Madre Teresa de Calcutá.
    Acho esta frase ,com uma certeza, uma verdade, que eu tento ter sempre presente.
    Deus ama-mos e deixou-nos tudo para que na verdade e no amor vivamos a nossa vida sempre,sabendo discernir, que naquilo que nos atordoa ,nos contenta no minuto ,não é realmente o que nos deixa feliz .
    Nós viemos para amar e servir o próximo tudo o resto é um complemento, nem sempre válido.

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  7. Ás vezes o nosso coração está triste...uma nostalgia que paira no ar,é uma doce saudade que faz lembrar aqueles de quem gostamos e que estão distantes,mas resta a certeza que tocamos as suas almas e que a saudade é apenas a manifestação do sentimento que nutrimos por aqueles que acarinhamos e são especiais em nossas vidas...
    Padre António,Obrigado por ser como é,nunca nos deixe...continue sempre a nos trazer Jesus.
    "Deixarmo-nos guiar até onde nos leva o coração"

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