sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"Ano da Fé"

Já estamos no "Ano da Fé".
Iniciado oficialmente ontem, em Roma, numa celebração presidida pelo Santo Padre e concelebrada por imensos Bispos, Sacerdotes e milhares e milhares de Fiéis; diante do Altar, diante do Senhor da História e da Vida, eis a Igreja a reconhecer que precisa de revitalizar a sua fé, a sua adesão ao Evangelho, a sua paixão por Jesus Cristo...
O "Ano da Fé", na verdade, bem mais que um tempo para a recitação de fórmulas religiosas, para a repetição sistemática e rotineira de "credos", é esta oportunidade gozosa de fazer uma introspectiva, de ousar uma purificação, da audácia de um encorajamento pessoal, comunitário, eclesial, de olhar a Fé que dizemos possuir e de a viver intensa e genuinamente.
O "Ano da Fé" é esse apelo a "visitar" as raízes da Fé, a beber dessa Fonte sempre nova e inesgotável que é  Evangelho, a fim de nos sentirmos e sabermos continuadores de uma "aventura divina", de uma "corrente de amor" que atravessa os séculos, os milénios já...
Passar a "Porta da Fé" é desejar cruzar essa "porta estreita" que é a Palavra revelada em Jesus de Nazaré e fazer dessa mesma palavra o nosso estilo de vida; é deixarmo-nos interpelar e provocar pelo mundo e pelas suas "estórias" para as transfigurar em História de Salvação, usando como critério de transfiguração o Mandamento Novo.
Viver o "Ano da Fé" significará sempre uma vivência da Igreja do mistério em comunhão, em unidade, em compasso de quem caminha e rejeita a estagnação, a rotina e a banalidade; é erguer o olhar para Aquele que é o"caminho, a verdade e a vida" e se desliga de acesssórios, de superficialidades, de mediocridades, que demasiadas vezes são o grande entrave e empecilho à experiência alegre da Fé em Jesus de Nazaré.
O mundo precisa - todos o sabemos e sentimos - de razões de esperança, de testemunhos credíveis da verdade e da paz, de arautos da justiça e da fraternidade; o mundo ambiciona encontrar nos crentes a alegria própria de quem acredita em Deus, o rosto revelador da esperança que mos anima, a serenidade de quem confia no Alto e sabe e crê que aí, que ali, há uma resposta para as inquietações que perturbam e desesperam os corações contemporâneos...
O "Ano da Fé" não implica a magnificência de grandes celebrações, a majestade de brilhantes encontros nem a eficiência de eloquentes discursos; o "Ano da Fé", assim o creio, é o apelo de Deus a recentrarmos a Pessoa de Jesus Cristo nas nossas vidas e na vida da Igreja enquanto Povo de Deus. É ocasião propícia à experiência da humildade, do serviço, da partilha, do acolhimento, da simplicidade, da comunhão, enquanto Igreja. Mais que mostramos aos homens que estamos reunidos em assembleias litúrgicas, reunidos em encontros de formação, etc., precisamos de mostrar, em nome da Fé, que estamos unidos Àquele que, do cimo do Madeiro, atrai todos a Si.
De joelhos, isto é, alicerçados na oração, na relação intensa e apaixonada por Cristo, na intimidade do Seu Coração com o coração de cada um de nós, supliquemos confiantes como os Apóstolos: "Senhor, aumentai a nossa fé"! Apenas desta forma seremos testemunhos de uma Igreja com Fé...

7 comentários:

  1. "Senhor aumentai a nossa fé"pedir sem cessar entregar tudo o que somos e pedir que ELE transforme em amor.
    É rezar,é executar o que o coração manda ,mas o coração, não confundir com a nossa mente que muito nos sabe enganar,pedir que o Espírito Santo nos ajude a discernir,a fazer a Vontade do senhor ,a esquecermos o acessório e viver,não sobreviver,só viver no amor de Cristo,podemos DELE dar testemunho.

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  2. a FÉ não se segue,vive-se,ter fé é confiar em Deus mesmo quando ELE parece longe de nós,que não nos ouve,que não nos faça a vontade,mas acreditamos que Ele sabe o que é melhor para nós e nos vem mostrar o caminho,e pelas mãos de alguém conseguimos ver Jesus, mais tarde tudo percebemos,tudo faz sentido.
    O amor de Deus transforma-nos,envolve-nos de uma forma tão forte que nos dá uma entrega total, é na fé que percebemos todo o Seu amor por nós.

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  3. Em primeiro lugar, tenho que confessar que o Facebook, embora bastante importante para divulgar variadíssimas actividades, entrevistas, e.t.c...este blog é muito mais do que isso: faz-nos sair um pouco da nossa ´vida´, para ´mergulharmos´ nos pensamentos do Pe.António. Faz-nos reflectir, dá-nos paz interior. Por estas e muitas outras razões, o seu Blog, Pe.António, é imprescindível, é de uma riqueza muito grande, além dos comentários que são sempre de louvar.
    Este Ano da Fé que agora começa, vai ser, especialmente para os padres e catequistas, um ano de muitas perguntas, como por exemplo: se acredimos, temos fé, e, se temos fé, porque razão haver o Ano da Fé ? Uma pergunta com uma grande resposta. A resposta foi dada por si e é pena que haja tanta gente que não pode visitar este Blog (porque são pessoas de idade...) e outros porque não sabem da sua existência.
    O Ano da Fé, vão ser, sem dúvida, 13 meses em que vamos aprofundá-la cada vez mais, embora eu acredite piamente que a fé é algo que está sempre a crescer dentro de nós.
    Como uma amiga que costuma dizer: “Quem me dera ter a fé sólida e forte que tu tens !” Tenho, graças a Deus que tenho, não vacilo, mas não é a fé sólida que eu espero ter daqui a 10, 20 ou mais anos, uma fé que eu e todos esperamos que cresça a cada dia que passa. A nossa fé é comparada ao nosso corpo, que precisa de ser alimentado para que possamos viver. Mas este alimento é uma obrigação (senão morremos !). Na fé, ela tem de ser ´alimentada´a cada dia, e, quando me perguntam porque razão vou áquela missa e não à outra, quando me afirmam que o importante é ir à missa, eu respondo sempre: O importante é realmente ir à missa, mas, se fôr possível escolher uma igreja onde sintamos que, passado meia hora ou uma hora, saímos com a certeza de que a nossa fé ficou mais ´alimentada´....porque não ?
    Neste Ano, neste dia, dou os parabéns ao Papa, por esta garra em que nos vamos agarrar, para nunca nos esquecermos da força que nos vem do Espírito Santo. Um ano Divino, sem dúvida.
    E como nos pensamentos do Pe.António, é difícil (muito), dizer que esta frase é mais rica do que aquela....eu escolhi esta frase, retirada deste pensamento: “..Passar a "Porta da Fé" é desejar cruzar essa "porta estreita" que é a Palavra revelada em Jesus de Nazaré e fazer dessa mesma palavra o nosso estilo de vida; é deixarmo-nos interpelar e provocar pelo mundo e pelas suas "estórias" para as transfigurar em História de Salvação...”. Um obrigado especial Padre António, por este partilhar, que nos ajuda, hoje e sempre, a ´crescermos´ como verdadeiros filhos de Deus.

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  4. Todo o partilhar é profundo como todo o Seu sentir,toda a Sua fé,todo o Seu viver, que emana para nós,como uma brisa que nos faz meditar e querer ser melhor.
    A Sua fé é tão forte, que perdura durante este ano e sempre no amor de Jesus.
    Que o Espírito Santo sempre O ilumine,e proteja O Seu caminhar agora e sempre.
    Beijinho

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  5. Pensamento: No silêncio da Tua paz
    No silêncio da noite, sinto a Tua paz
    Sinto como é bom relaxar e, no silêncio, poder rezar na paz dos anjos.
    No silêncio encontro-me Contigo
    É no silêncio que consigo entrar na oração
    No silêncio, sinto a maravilha que é poder acreditar
    E é nele que tento aumentar a minha fé
    E quando me ajoelho diante do sacrário...vejo o quanto sou pequenina na imensidão do Teu amor...
    Sinto que a Tua força inunda a minha alma e me dá aquela paz que eu tanto preciso.
    Diante do Sacrário, olho para essa cruz e sinto-me orgulhosa de Te ter no meu coração.
    Sinto que é daquele silêncio que eu preciso, daquela paz, daquele amor que tenho por Ti e, quando me levanto, sei que a minha fé aumentou um pouco mais, naquele nosso encontro.
    Estes momentos que partilho Contigo, são preciosos.
    Sentir que a vida sem Ti não fazia sentido.
    Agradeço-te pelo meu acreditar, pelo sentir que Tu fazes parte da minha vida...
    Agradeço-te o partilhar do Pão em cada Eucaristia.
    Agradeço-te a vida, a sabedoria para poder crescer cada vez mais como Tu nos ensinaste
    Olho para Ti Cristo, e vejo que morreste de braços abertos, como quem abraça o Mundo inteiro...quando há tanta gente que nem sabe o que é sentir o Teu abraço...
    Quero-Te dizer: Obrigada, pois só Tu me podias dar a força, a fé e o amor que preciso para abraçar cada dia que nasce, enfrentar as dificuldades, dar um sorriso ao ´meu irmão´, dar a mão, estender a mão, olhar para o céu, e poder ver uma nova estrela a brilhar.
    Sou riquíssima, e só o sou, porque Tu fazes parte do meu eu.
    R.A.

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  6. Tomai,Senhor,e recebei
    Toda a minha liberdade
    a minha memória,
    o meu entendimento...
    e toda a minha vontade!
    Tudo o que tenho
    E tudo o que possuo
    Vós me destes
    A vós Senhor,o restituo!
    tudo é vosso,disponde
    Dai-me apenas, Senhor
    O Vosso amor e Graça...
    Que esta me baste!

    Santo Inácio de Loiola

    É tudo o que eu quero e desejo o amor de Cristo, e O poder servir com toda humildade no que for a Sua Vontade.

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  7. A fé é um pilar tão grande ,é uma força,uma confiança que apesar de todos os dissabores ela está firme e sempre pronta a difundir-se, porque ela está dentro do coração,é difícil de explicar,mas é como uma luz interior que ao vir o dissabor vem logo uma confiança.
    De mãos vazias nos entregamos a ELE, com a certeza que só ELE sabe o que é melhor para nós,é caminhar para o caminho do Céu,começando-o a viver aqui e agora,que importa sofrer?,é a Purificação,uns de um modo outros de outro.

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